segunda-feira, 1 de abril de 2013

Para voltar à nuvem

a chuva inunda a natureza
e eu repetidamente
estendo pontes entre a minha boca e a tua
enxuta como a raiz dos cabelos
na semântica da tarde

sonolenta escondo na terra
tudo o que merece ser poema

e lavo a memória neste inverno póstumo
simplificado pelo amor feliz

para voltar à nuvem que desagua nas tuas mãos

Sem comentários: