sexta-feira, 27 de junho de 2008

Facto

volatilizo-me para soprar o teu nome, condenso-me para deslizar no teu corpo.
e sou a bruma. e um fio de suor.
tu abres o rosto de espanto e as mãos de ternura, és a trepadeira que abraça a minha casa e lhe come a cal às paredes e lhe rouba o sol das janelas.
e és a boca que não deixa os meus beijos partir.
aceita o silêncio, digo.
a matéria triunfa, dizes tu.
e o teu espírito cola-se ao espelho como humanamente a pele adere à carne. músculos e gordura e ossos e canais, a feliz fusão dos teus sentidos.

depois bebes um copo de água e fumas um cigarro.

Sem comentários: