terça-feira, 21 de abril de 2009

Não sei se

em cortejo pelas pedras
vão as margens das tardes em que quero morrer
são frias são sujas são de mal
e calcam a calçada que escorrega
gorda de banhas e óleos
como o tempo que me foge.

os barcos na ilha apodrecem
tranquilamente.
as raízes na terra choram
humanamente.
e a vida passa como partem os pássaros quando arrefece.

abrem-se escadas à frente dos meus passos.
não sei se as suba se as desça
não sei se permaneça.

1 comentário:

Lara disse...

Deverias subir... um passo de cada vez...