é verdade toda essa alegria
quando viajas nas ternas graças do mundo novo?
é loucura todo esse desejo
quando cavalgas pelos ardentes bosques por estrear?
e esse empenho, quando rezas
e essa certeza, quando dás
bastam-te para desdizer o passado?
eu prossigo toda dúvida e caos
trémula, perdida, embotada
a viver de mãos abertas
prontas para agarrar qualquer rio que passe
a dormir de coração fechado
para não morrer sempre que me visitas os sonhos.
mas que a tua silhueta me impressione
não posso evitar.
e perco a noite num espasmo dançante.
pela manhã
borboletas nos meus olhos
batem as asas descontroladamente.
cegam-me, estonteadas,
a pedir-me para voar até aos teus braços.
como se nunca te tivessem revisto.
sábado, 26 de abril de 2025
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