sábado, 26 de abril de 2025

Dúvida e caos

é verdade toda essa alegria quando viajas nas ternas graças do mundo novo? é loucura todo esse desejo quando cavalgas pelos ardentes bosques por estrear? e esse empenho, quando rezas e essa certeza, quando dás bastam-te para desdizer o passado? eu prossigo toda dúvida e caos trémula, perdida, embotada a viver de mãos abertas prontas para agarrar qualquer rio que passe a dormir de coração fechado para não morrer sempre que me visitas os sonhos. mas que a tua silhueta me impressione não posso evitar. e perco a noite num espasmo dançante. pela manhã borboletas nos meus olhos batem as asas descontroladamente. cegam-me, estonteadas, a pedir-me para voar até aos teus braços. como se nunca te tivessem revisto.

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