amor perfeito, amor,
só se for com deus.
e a tua estridente humanidade, embora cintile,
jamais terá a medida do sublime
(senão para mim.
respiramos por acaso.
não por vivermos
porque este viver sem o calor de um abraço é morte já.
respiramos por acaso.
e na geada que nos cerca, em pedra de túmulo esculpida,
sobram correntes de ar muito antigas,
correntes que se enrolam ao pensamento e apertam a alma,
em permanência insinuando-se no rasto da liberdade.
não há parco amor nem excessivo, amor,
só se for infeliz.
e a minha inexorável humanidade desfoca-me o olhar
e morde-me o coração
com a voragem dos abismos funestos,
apartando-me de ti,
(mas ainda o sinto tremer
como lábios a rir
ou corpos em fusão.
e mesmo dentro desta palidez de véus sobrepostos
em que as minhas horas se verteram,
ainda acredito
numa medida certa para nós.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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2 comentários:
A medida certa faz-nos respirar com um sentido... deixamos de respirar por acaso...
:) Lindo. Tinha saudades de te ler, babe.
Kiss kiss bang bang
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