domingo, 21 de julho de 2024

Quatro vezes três

a poesia dança-me nos dedos,
ritmada como funk.
e obriga-me a ouvi-la
com estes olhos de espanto.

quimera impercetível,
devora-me por dentro,
qual bailarina prematura
a reter-me o pensamento.

dela nasce lume, orvalho,
brisa com e sem aroma.
não sei como me apanha
se já não lhe pertenço.

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