na tua fome de humanidade reside a tua labuta,
na tua ilusão de bravura urge o teu destino.
e eu, no meu eléctrico vagar
de pólos e pontos e poros
e pés em carne viva e remoinhos de areia,
abraço-te para que não me doas
enquanto a neve me tinge mais dois cabelos.
e ato o amor ao mar.
e entrego-me ao porvir.
moro entre o lodo e a festa,
entre o calendário e o riso, entre mares
neste navio abismal,
a vender utopias a peso de convite
e sólidos vapores
para consumo marinheiro.
e todos os dias encontro
um tempo novo de oceanos ditosos
e rugas nenhumas, para um derradeiro
abraço feliz.
a essência, não vivida, segue à margem.
terça-feira, 25 de maio de 2010
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