segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

De fatal, nada

partiste quando ainda tanto
tinhas para me dizer
para que eu para sempre amasse a tua boca fechada.

amor sem afagos não será amor já, sabias.
o desdém dos sábios
nos sábios se manifesta em pranto.

partiste para me ensinares o silêncio e
noutro abraço achares a tua casa.

de fatal, nada.
infame crime só o sorriso marmóreo e
as verdades inúteis que inscreveste
nos meus olhos mordidos de poeira.

partiste com razão.
pisando violetas lírios escrituras pelo caminho.

não sabias que
partir por partir é a suprema liberdade.

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