arranja o cabelo como se fosses a uma festa
pinta os lábios, perfuma-te,
prepara um cocktail.
liga a meia luz, escolhe um disco e dança,
sempre por esta ordem,
e come a vida, que ela é cortês.
as pernas recolhidas à espreita das redes,
o penteado desfeito transbordando o caos,
a fumar um cigarro.
não te percas de vista
e conta até trezentos e três.
deixa os minutos escorrer pelos dedos
até ao soalho, sem futuro,
e não feches a mão em caso algum,
nem a seques.
na solidão mais desarrumada
o tempo ainda precisa de movimento e liquidez.
e não feches a mão em caso algum,
nem a seques.
na solidão mais desarrumada
o tempo ainda precisa de movimento e liquidez.
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